sábado, 26 de junho de 2010

Deixei o Blog abandonado por uns dias, estava "curtindo" luto pelo falecimento do meu querido avô, o unico que conheci (porque o pai da minha mãe, não tive a oportunidade). Ele foi mesmo um grande Homem e vai deixar muitas saudades.
Aqui está um Poema, feito em sua homenagem, pelo Mano Terra, poeta gaúcho admirado e admirador do meu avô Cipriano.

Nada a acrescentar

Mano Terra

Então, aqui nos separamos, papai.
Só na aparência é que te digo adeus.
Não se trata de uma partida, real,
mas de uma chegada aos portais de Deus.

Esse seu corpo irá se transformar, papai,
e aqui, eu sei, não o encontrarei mais.
Os mais diligentes são os que saem antes
preparar a seara pra esperar por nós.

Só restarão lembranças, meu querido pai,
o que resta sempre, é apenas consciência.
Viver no corpo é sempre grande escola
e dela só se leva o lucro da experiência.

Pois é, o que se há de fazer, papai,
segue teu caminho e apressa teus passos.
Oferece-te ao socorro de amigos de luz
que estão aqui pra oferecer-te abraços.

Como posso dizer mais, papai?
Se tudo o que sei é que seria assim?
Quando nascemos já se está sabendo
que tudo o que começa, tem um meio e fim.

Só restarão...

O tempo é vida e a vida é a marcha.
Para uns a estrada parece mais comprida.
Certamente aqueles que partem mais cedo
dão por terminada a messe e a missão cumprida.

Nada a acrescentar, só a saudade, pai,
enquanto durar esta indefinida ausência.
Quanto ao resto, tudo mais tá certo,
existe a Lei, cumpre-se a Lei, com toda obediência.


Até a Próxima!!!


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